O fato de o Município não realizar exames de corpo de delito, item indispensável na confecção de boletins de ocorrência pela Polícia Civil, fez com que o vereador Neri Rafael Mangoni promovesse uma reunião com autoridades no Município para ouvir e propor solução. No encontro, realizado na sede do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg), participaram o presidente desta entidade, Fabiano Campos, o conselheiro tutelar Sidnei Rodrigues da Silva, o secretário municipal de Saúde, Ricardo Arcanjo, o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Aroldo Kulcheski, e o delegado chefe da 18ª Subdivisão Policial, Rubens Miranda Junior.
O delegado, além de agradecer e parabenizar a atitude do vereador, disse que a necessidade existe especificamente para casos mais simples, e os complexos competem ao Instituto Médico Legal (IML). “Para a Polícia não há problema, mas quem se lesa é a vítima que além de ter sofrido agressão, ainda terá de gastar para ir à Ponta Grossa. Enquanto isso, o agressor não sofre qualquer penalidade”, explicou o delegado.
Segundo o secretário de Saúde, Ricardo Arcanjo, apenas um médico do Pronto Atendimento Municipal (PAM) se negou a realizar o exame de corpo de delito. “Na verdade ele não tem mesmo a obrigação, pois ele ganha para fazer o atendimento de emergência ”, explicou Arcanjo. A sugestão de Neri e do delegado foi então de que se houvesse uma conversa do secretário com os médicos para que eles realizassem os serviços numa espécie serviço voluntário e temporário. “Seria mesmo por questão humanitária, até que conquistemos o nosso próprio IML”, comentou Neri Mangoni. O conselheiro tutelar, Sidnei Rodrigues da Silva, disse, inclusive, que tiveram casos em que médicos do Hospital Dr. Feitosa não quiseram realizar os exames por alegarem que os procedimentos deveriam ser feitos por legistas.
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