Roteiro passa por cachoeiras e Morro do Jacaré
“No alto do Morro do Jacaré, são quase 1,3 mil metros de altitude em relação ao nível do mar. É o ponto mais alto do município e a visão é bem ampla das lavouras, pastagens e segmentos de matas nativas. Uma visão cênica muito bela. Sem falar das cachoeiras. A água limpa sob o sol do meio dia destacou a paisagem”. Quem descreve algumas das belezas visualizadas pelos turistas que percorreram 39 quilômetros sobre bicicletas é Alisson Batista, guia de turismo que acompanhou o grupo da II Pedalada na Natureza realizada neste sábado (25) em Tibagi. Alisson salienta que o roteiro demarcado é um diferencial. “Em vários municípios há praticantes, mas Tibagi tem seu próprio percurso de cicloturismo, demarcado e com estrutura de recepção”, completa.
Segundo o guia, cinco visitantes acostumados com cicloturismo participaram e aprovaram a Pedalada pelo interior de Tibagi. “Temos um ótimo percurso para a realização inclusive de um campeonato de Montain Bike Cross Country”, adiciona. “É muito importante essa iniciativa nossa porque descobrimos um percurso pioneiro no Estado, nessa categoria”, enfatiza.
Cecília Nanuzi Pavesi, secretária de Meio Ambiente e Turismo, destaca que a realização da Pedalada é mais um diferencial de Tibagi. “Já somos reconhecidos por ter aqui vários esportes de aventura, como rafting, trilhas, rapel, cascading e voo livre. O cicloturismo é mais um produto que atrai este tipo de turista, que é justamente o que procuramos: o visitante que aprecia o contato com a natureza”, define.
Cecília realça ainda que a coordenação do projeto Caminhadas no Paraná demonstrou interesse em cadastrar a Pedalada na Natureza na ONG Anda Brasil e na Federação Internacional de Esportes Populares (IVV). “Eles não trabalham apenas com caminhadas, mas com esportes populares incluindo o ski, a natação e a pedalada. A ideia é que o evento futuramente envolva ainda mais a comunidade e os produtos locais, sendo o primeiro circuito de pedalada no Paraná".
Alisson reforça que apesar desta Pedalada ter tido menor número de participantes que a primeira, o sucesso foi atingir o público-alvo. “Ano passado tivemos muitos participantes aqui de Tibagi e apenas dois turistas. Este ano vieram turistas de Londrina e de Rolândia. Empresários acostumados a pedalar, com alto nível técnico e que vieram equipados, com roupas certas, bikes adequadas”, enaltece.
Na década de 1940, quando se descobriu que a terra vermelha dava o melhor café, todo o Norte do Paraná começou a plantar. Em consequência, abriram-se estradas em todas as direções que levassem até lá. “Embora lamacentas e escorregadias, já mostravam o caminho, de modo que os carros e ônibus passaram a trafegar por elas levando inclusive as malas postais. A partir daí, João Desidério começou a distribuir a correspondência na cidade de Tibagi”, conta o diretor do Museu.
