Bombeiros alertam sobre riscos com fogos de artifício. Somente empresas autorizadas podem comercializar rojões
Uma em cada dez pessoas que manipula fogos de artifício tem membros amputados, principalmente dedos e a maior incidência de acidentes acontece durante as festividades de Ano Novo. O dado alarmante é da Associação Brasileira de Cirurgia da Mão (ABCM) e em Tibagi, o sargento Antonio Adonir Portela, comandante do posto de Bombeiros Comunitários – Defesa Civil, alerta sobre o perigo escondido no brilho de bombas e rojões.
“Todo mundo conhece alguém que já se machucou e a estatística mostra que as principais vítimas são meninos e homens entre 4 e 50 anos”, indica Portela. Ele ressalta que apenas pessoas especializadas em pirotecnia devem acionar os fogos, que além de provocar queimaduras, quando explodem, podem causar mutilações, lesões nos olhos e até surdez.
As lesões agudas da mão, segundo a ABCM, são responsáveis por 20% de todos os traumas que chegam às emergências dos hospitais no Brasil. Para Portela, imprudência e desinformação são grandes causas. “Em crianças, até mesmo o traque que parece inofensivo pode ser perigoso”.
O uso de fogos de artifício pode provocar queimaduras (70% dos casos); lesões com lacerações/cortes (20% dos casos); amputações dos membros superiores (10% dos casos); lesões de córnea ou perda da visão e lesões do pavilhão auditivo e perda da audição.
“Na minha experiência como bombeiro já atendi a várias ocorrências e uma chamou a atenção, em Castro [PR]. O menino carregava uma porção de bombinhas no bolso da calça de agasalho e uma caixa de fósforo. Ao correr, houve a ignição das bombinhas simultaneamente e a explosão afetou de forma grave os órgãos genitais da criança”, relembra Portela.
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