Em 1963, a Fazenda Monte Alegre, com suas localidades de Harmonia, Lagoa, Mirandinha, Imbaú, Mina de Carvão, Antas e mais o Triângulo, Cirol, Barro Preto, Mandaçaia e Cidade Nova se desmembrou da secular Tibagi para a criação do Município de Telêmaco Borba.
POR QUE?
Mas seu povoamento começa em 1950, quando a Klabin para melhor acomodar seus operários, urbanizou a margem oposta do rio através de uma empresa especialmente criada para lotear a localidade de Mandaçaia, a Cia. Vale do Tibagi. Esta vendia os lotes aos operários da fábrica e outros imigrantes que chegavam na esperança de fincarem raízes no moderno eldorado. Apesar das diversas sugestões, como Wolfflândia, Monte Alegre do Paraná e outras, acabou se consagrando o nome de Cidade Nova.
LEIS
Criado pela Lei Estadual 4245, inciso IV, de 25 de julho de 1960, posteriormente revogada pela Lei Estadual 26/60, de 31 de dezembro de 1960, que rebaixou o município recém criado a Distrito de Tibagi.
Finalmente em 05 de julho de 1963, uma nova Lei de número 4738, desmembra a imensa região do Município de Tibagi e a denomina Telêmaco Borba. O Município é instalado oficialmente em 21 de março de 1964.
A denominação foi uma "homenagem" ao coronel da região, imposta por seus descendentes, entre eles um ex-governador, Guataçara Borba Carneiro, um deputado, Túlio Vargas e a esposa de outro ex-governador, a Srª. Hermínia Lupion.
O MUNICÍPIO
A sede, foi instalada na Cidade Nova. Três anos mais tarde, houve tentativa na Câmara Municipal de mudar o nome para Monte Alegre do Paraná, reconhecendo que o personagem Telêmaco Borba não tinha sido uma boa escolha, ou melhor, que a imposição dos descendentes do curitibano tinha sido infeliz. Mas pressões políticas impediram a justa mudança.
O HOMENAGEADO
Um dos descendentes de Telêmaco Borba, o historiador castrense Oney Barbosa Borba conta em seu livro "Telêmaco Mandava Matar", que o seu ancestral famoso teria sido o mandante do assassinato do então prefeito de Tibagi Coronel Espírito Santo. Os verdadeiros assassinos seriam seu filho Euzébio Borba e o negro Jocelim. Na tentativa de encobrir o crime, muitas outras pessoas foram mortas, inclusive o neto do coronel de nome Aparício Borba que bebeu o café de uma xícara envenenada que estaria destinada ao escrivão José Rachael Pinto, um dos participantes do julgamento, que embora compadre de Telêmaco contava para todos que aquilo tudo tinha sido uma farsa para encobrir o mandante.
Telêmaco que era então presidente da Câmara de vereadores com a morte do prefeito e seu adversário político assumiu a prefeitura e sem oponentes ganhou as eleições seguintes.
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